Digo
logo de antemão que essas são primeiras impressões de quem não tem muita
informação. Mas vamos lá nos arriscar a fazer uma análise de "pano rápido" e superficial de algumas coisas sobre o novo Papa:
1.
Ser Latino-Americano:
Penso que seja uma decisão de denota certo arrojo, a tal “novidade” que se
esperava e mais significativo que se fosse um americano do norte (seja dos EUA
ou Canadá);
2.
Não é
brasileiro, e não seria mesmo, não agora, penso não tão cedo. O catolicismo popular
brasileiro na prática é bem diferente (muito!) do catolicismo romano, embora
seja o maior país católico do mundo. Dar representatividade (voz) a isto
implicaria em profundas mudanças que penso que a ICAR não iria absorver na
velocidade que demandaria;
3.
É jesuíta, ou
seja, teologicamente afastado da (ou não tão comprometido com) teologia de
vanguarda produzida na América Latina (como a Teologia da Libertação);
4.
Escolhe o nome
“Francisco” homenageando Francisco de Assis, realmente um nome sui generis da História da Igreja
independente de qualquer “bandeira” cristã (católicos, ortodoxos, protestantes
e evangélicos). Talvez seja uma indicação a abertura de diálogo? Penso que sim.
Convocará um Vaticano III? Seria ótimo, principalmente se adotar a postura que
João XIII teve no Vaticano II (sobre este concílio clique aqui e veja algumas considerações que fiz sobre este evento), mas não faço a mínima idéia de que
reflexo isso teria, penso que positivos;
5.
Mudanças...
Sim, devem acontecer, mas não tão rapidamente, muito menos drasticamente. Mas a
experiência que ele deve carregar do tipo de pastoral existente nos grupos
latinos americanos, algumas experiências mais próximas a execução do Evangelho
de Cristo, apontam para mudanças.
Não, não
sou sectarista, mas também não me considero ecunêmico. Mas sim, vejo com entusiasmo
a aproximação cada vez mais forte das teologias católicas e protestantes,
principalmente depois do Concílio Vaticano II. Há de fato, e precisamos
distinguir para melhor trabalhar isso, diferença entre teologia, dogma e prática
popular. No tocante a teologia vê-se aproximações; quanto ao dogma poucos
avanços são identificados devido a própria natureza de um dogma; prática
popular esta já se mostra distante da própria teologia católica atual. Mas há
esperança, sempre deve haver.
O Espírito
Santo sopra onde ele quer, oremos pela ICAR para o Espírito Santo sopre nas
mentes e corações de seus líderes.
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