13/03/2013

HABEMUS PAPAM


        Digo logo de antemão que essas são primeiras impressões de quem não tem muita informação. Mas vamos lá nos arriscar a fazer uma análise de "pano rápido" e superficial de algumas coisas sobre o novo Papa:

1.    Ser Latino-Americano: Penso que seja uma decisão de denota certo arrojo, a tal “novidade” que se esperava e mais significativo que se fosse um americano do norte (seja dos EUA ou Canadá);
2.    Não é brasileiro, e não seria mesmo, não agora, penso não tão cedo. O catolicismo popular brasileiro na prática é bem diferente (muito!) do catolicismo romano, embora seja o maior país católico do mundo. Dar representatividade (voz) a isto implicaria em profundas mudanças que penso que a ICAR não iria absorver na velocidade que demandaria;
3.    É jesuíta, ou seja, teologicamente afastado da (ou não tão comprometido com) teologia de vanguarda produzida na América Latina (como a Teologia da Libertação);
4.    Escolhe o nome “Francisco” homenageando Francisco de Assis, realmente um nome sui generis da História da Igreja independente de qualquer “bandeira” cristã (católicos, ortodoxos, protestantes e evangélicos). Talvez seja uma indicação a abertura de diálogo? Penso que sim. Convocará um Vaticano III? Seria ótimo, principalmente se adotar a postura que João XIII teve no Vaticano II (sobre este concílio clique aqui e veja algumas considerações que fiz sobre este evento), mas não faço a mínima idéia de que reflexo isso teria, penso que positivos;
5.    Mudanças... Sim, devem acontecer, mas não tão rapidamente, muito menos drasticamente. Mas a experiência que ele deve carregar do tipo de pastoral existente nos grupos latinos americanos, algumas experiências mais próximas a execução do Evangelho de Cristo, apontam para mudanças.

        Não, não sou sectarista, mas também não me considero ecunêmico. Mas sim, vejo com entusiasmo a aproximação cada vez mais forte das teologias católicas e protestantes, principalmente depois do Concílio Vaticano II. Há de fato, e precisamos distinguir para melhor trabalhar isso, diferença entre teologia, dogma e prática popular. No tocante a teologia vê-se aproximações; quanto ao dogma poucos avanços são identificados devido a própria natureza de um dogma; prática popular esta já se mostra distante da própria teologia católica atual. Mas há esperança, sempre deve haver.

        O Espírito Santo sopra onde ele quer, oremos pela ICAR para o Espírito Santo sopre nas mentes e corações de seus líderes.

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