MATERNIDADE, INSTRUMENTO DE SALVAÇÃO
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Maternidade é uma invenção de Deus e, na
verdade, neste texto vemos que a maternidade é uma reinvenção de Deus.

Antes a maternidade era o atributo pelo
qual a humanidade se desenvolveria e tomaria conta do planeta. Mas aqui ela
é transformada na grande esperança da humanidade.
Estamos diante do primeiro grande dia de
juízo, certamente acompanhado com grande expectativa por toda a criação. Porque
Deus neste momento poderia decidir por destruir toda a criação uma vez que a
raça humana resolveu romper com Deus e a raça humana carregava em si toda a
criação já que ela era a coroa da criação. E romper com Deus é pedir para não
existir.
Deus poderia ter aceitado esse pedido, mas
não o fez. Para espanto de todos, de toda a criação, dos seres humanos e do
próprio inimigo, Deus resolveu reinventar a maternidade. E disse que da
descendência da mulher viria aquele que nos proporcionaria a salvação, naquele
momento em diante toda a esperança da criação repousa no ventre de uma mulher.
Do ventre de uma mulher nasceria aquele que
venceria o adversário, acabaria com toda sua força e nos libertaria da
escravidão do pecado.
Quando celebramos o dia das
mães, celebramos a reinvenção da maternidade que é quando Deus coloca no ventre
da mulher toda a esperança da humanidade.
Isso é maravilhoso porque parece que
contraria a lógica do texto, porque parece no texto que estamos diante de
uma punição exemplar de Deus à mulher, mas Deus discorda do homem e trás a
mulher para o centro da História e diz que é dela que ele trará o Salvador.
E desde então Deus tem contato com mulheres
para compor a história da Salvação. Mulheres que entregaram seus filhos a Ele,
que deram a luz aos seus campeões, seus heróis aos homens, chamados “homens de
Deus”, “servos de Deus”.
Quando
lemos a história do patriarca Abraão, ficamos na dúvida se aliança de Deus era
com Abraão ou se era com Sara. Porque quando Abraão consente em ter um
filho com outra mulher (Gn 16, 4-5), descartando a sua esposa, tomando
ela por um objeto, Deus avisa para ele que a pacto que Deus tinha era com Sara
(Gn 17,18-21) e com o filho que nasceria dela e não com o de outra mulher.
Assim conhecemos a Isaque, filho de Abraão.
E quando olhamos para Isaque, lembramos-nos da sua esposa Rebeca. E questionamos a
postura de Rebeca de juntamente com Jacó usar de uma artimanha para enganar
Isaque para que este desse a bênção da primogenitura a Jacó ao invés de Esaú (Gn 27,1-|4,8-10,14-17|-29). Mas Rebeca sabia que a promessa da
continuidade da aliança de Deus era como Jacó e não com Esaú como foi revelado quando
os dois irmãos gêmeos nasceram (Gn 25, 23) e Esaú, na verdade já tinha
desprezado a sua primogenitura (Gn 25, 29-34).
Uma mãe não se esquece do que Deus diz a
respeito dos seus filhos.
E Deus continuou contando com as mulheres quando a mãe de Moisés
enfrentou a Faraó, bem como as parteiras. Aquelas mulheres enfrentaram o
poder maior, elas desobedeceram à lei (Ex 1, 22), não se curvaram a decisão louca e
ditatorial e arriscaram suas vidas. Por conta disso Israel teve um grande libertador
conhecido como Moisés.
Moisés existiu porque Deus pôde contar com
mulheres: A mãe, as parteiras, sua tia e a princesa que também se rebelou ao
Faraó (Ex 2,1-5), mas se entregou ao amor por aquela criança e a adotou – o
instinto materno falou mais alto.
Conhecemos, pela coragem dessas mulheres, a
Moisés que foi um grande líder político que a humanidade teve conhecimento. Ele
que libertou uma massa de gente escrava do Egito e deixou à porta de Canaã uma
nação, com leis, cultura, fé, força, orgulho, identidade...