Achei interessante essa história particular que o Pr Fabricio Cunha contou no Facebook e os desdobramentos de sua reflexão... Recomendo a leitura!
Cheguei tarde em casa. Thiago estava comigo. Dormiu no carro.
Subi com ele no colo e o coloquei para dormir em sua cama, depois de dar o
beijo de boa noite.
Acordei pela madrugada com um barulhinho no banheiro do
corredor.
Levantei. Era o Thiago, meu filho de 08 anos, que foi ao
banheiro porque estava com dor de cabeça.
Perguntei, "por que não me chamou, meu filho?!"
Ele respondeu: "pai, acho que é por
causa do calor. Eu estava molhando minha cabeça um pouco e acho que vai
resolver. Se não resolvesse, eu te chamaria."
Ele se vira sozinho. Meus três são meio
assim. Só chamam os pais se não conseguirem resolver as coisas. Fui para o quarto pensando no quão infantis são muitas
pessoas que conheço, especialmente no seu relacionamento com Deus. Parece
bonito e "politicamente/espiritualmente correto" dizer que se
depende de Deus para TUDO, mas isso se chama infantilidade espiritual, que é
uma projeção de nossa infantilidade existencial.
Eu, como pai, crio meus filhos para o
mundo, para serem adultos emancipados e independentes de mim, que conheçam o
seu papel de ser gente nessa sociedade e que vivam em função de coisas maiores
do que eles mesmos.
Talvez seja isso que o Pai espere de nós
também. Talvez seja em função disso que ele, como Pai, trabalhe. Para que nós
sejamos gente adulta, consciente de nossos deveres e responsabilidades,
reconhecedores das grandezas da vida e maduros em nossas relações.
Hoje e sempre continuarei a ser pai do
Thiago. Sempre que ele precisar o carregarei no colo. Ontem, hoje e sempre. Mas
confesso que sou um pai feliz vendo meus filhos se tornarem gente madura e
responsável a cada dia.
Sei que conto com o colo do Seu Ditinho
até hoje.
E sei que também conto com o colo do Pai
sempre que precisar, sempre que minhas pernas não derem conta.